terça-feira, 26 de julho de 2011

Originais do Sonho

Vez em quando o mundo é pouco
Quase nada pro que vem a seguir
Na ladeira da sua hora
nunca é tarde para sonhar
Mas isso quando se pode dormir
Ainda não mataram os melhores devaneios
E quando rola colorido por aqui
é preto e branco nesse meio.

Rapido pros sonhos
Cedo pra dormir
Cedo demais pra dormir e muito rapido pros sonhos
Onirica ótica satirica e cosmica

E na ladeira da sua hora
Nunca é tarde pra sonhar
Isso quando se pode dormir, só quando se pode dormir...
Pode dormir
...
..
.

(Nação Zumbi)

sexta-feira, 8 de julho de 2011


O problema não esta em nada que o vento não possa levar.

È que eu não sei de onde vem esse sopro, nem o que ele esta levando com ele.

Olhando a lua com um olhar apertado é que eu desejei ir, e mesmo que eu engula a saliva a seco e me concentre, ainda sinto uma geada.


(Zana Candido)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Soul Parsifal

Tenho anis
Tenho hortelã
Tenho um cesto de flores
Eu tenho um jardim e uma canção
Vivo feliz, tenho amor
Eu tenho um desejo e um coração
Tenho coragem e sei quem eu sou
Eu tenho um segredo e uma oração
Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
Tenho jasmim tenho hortelã
Eu tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir
E eu vou cantar uma canção p'rá mim

(Renato Russo, Marisa Monte)

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Qualquer dia ruim
Pode se transformar
em sorriso
se for contigo.




(Zana Candido)
Desenho by google





quinta-feira, 31 de março de 2011

São Paulo ou não São Paulo.?


São Paulo ou não São Paulo??

Tem dias que tenho vontade de ter uma parada cardíaca voluntária.

Dias como aqueles que se fica mais de 3 hrs dentro de um ônibus lotado, cheio de pessoas e seus sonos, sonhos, frustrações, ansiedades e pressas condicionadas pelas urgências que a sociedade impõe. Na Janela não correm belas paisagens verdejantes. Só cinzas.- Prédios cinzas, ruas cinzas, ar cinza, pessoas cinzas...

Pessoas com fomes. Fome de arroz e feijão na panela, de alguém confiável pra sorrir, de condições mínimas de existência...todos ali, famintos.

Nesses momentos que me sobram no ônibus, fico procurando cores e não acho. Só o cinza, sempre cinza.

O ar me sufoca, as pessoas não sorriem, não ha tempo para o sorriso. Eu não tenho o meu relógio biológico, no mesmo tempo de São Paulo, nem acredito que alguém já tenha nascido com um, talvez adquirido. A mais tanta coisa a citar sobre. Coisas que me dão vontade de falencia multipla dos orgãos. (orgãos do meu corpo, e dos publicos também) Cansada, cansada daqui...mas não sei se seria tão diferente em outro lugar...

Não posso desconsiderar os cinemas, os parques, sesc, shows e etc...A chamada “acessibilidade” de são Paulo. Mas eu não sei até quanto isso vale a pena.

Estou andando por ai, pensando em “sim, são Paulo”...procurando algo que me convença, que me alegre, que não me faça ter uma parada cardíaca involuntária...Porque anda difícil...Meu grito de revolução ta sufocado por essa fumaça toda.


(Zana Candido)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


"De toda minha literatura, você é minha melhor página"
(Martha Medeiros)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011




Hoje eu vi o dia amanhecendo.
Havia tempos que não fazia isso. Espiei o dia clareando pela janela, e pude sentir um cheiro de chuva entrando pela frecha... Eu estava ouvindo um blues moderninho numa bela voz feminina, tocando a mesma no violão e pensando qual seria a sua reação ao me ouvir tocando tal canção. Me lembrei também de quando estávamos na cama e o dia amanheceu com o sol forte na nossa cara e eu disse: "Não disse que hoje eu trazia o sol pela manhã?" citando uma conversa nossa do dia anterior, uma de nossas conversas mágicas e diria até meio lúdicas que surgem de quando em vez. Falar-te me soa a algo vindo de contos e prosas poéticas daquelas que se lê ininterruptamente. È...o dia amanheceu, tem até uns pássaros que ameaçam um canto meio intimidado pelo dia que amanhece úmido. Eu sinto que posso querer o mundo todo nesse momento. Esse final de noite ou começo de dia (como preferir) é o momento em que sinto que tudo caberia em minhas mãos...mas o que me apeteceria mesmo agora? Você! Sim...ou algo com seu gosto. Como não conheço mais nada que tenha esse sabor de pele, nada nem ninguém que tenha essa temperatura, que tenha essa cor, esse tom, esse olhar...nada mais conheço com esse calor, esse cheiro, esse formato...em lugar nenhum do mundo há de ter sua textura, seu sorriso, sua malícia, seu carinho...Por não haver igual, é você que eu quero agora, nessa manhã úmida, onde sei que você caberia na minha mão...

(zana candido) 04/jan/2011 07h02min