terça-feira, 25 de dezembro de 2012







pequenos prazeres que descobri.

Descobri o prazer de gritar gol e xingar o juiz, junto de meu pai e que esse pode ser um dos únicos momentos em que eu e ele não descordamos.
Descobri que nunca devo exitar em acarinhar alguém e sempre que sentir vontade, dizer qualquer afeto que possa sentir por quem for.
Descobri que abraços são mais do que necessário e que as pessoas precisam mais do que imaginam.
Aprendi que mesmo que acorde com muito sono e sem a mínima vontade de levantar da cama, devo olhar pro céu  e respirar fundo o ar com cheiro de dia amanhecido, porque quando consegue-se sentir esse cheiro do ar da manhã, o dia todo vale a pena.
Aprendi a esperar...na verdade, isso ainda estou aprendendo
.

Zana Candido

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

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hoje é algum desses dias de fim de ano. 
Tem cheiro de chuva  e tudo parece ser membro integrante de uma retrospectiva infinda.
A sensação é morna, mas não um morno ruim, sim, desses que acalantam.
a impressão, é que as coisas estão despretensiosamente  se conectando a minha pele. e eu absorvendo. 
É tudo lento e intenso o suficiente para me levar. 


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

=/



A verdade é que dói. 
Parece que tudo acontece bem, mas dói.
O gelo se infiltra no coração, e o ar passa dolorosamente enquanto nos perguntam: "-você esta bem?" e a resposta vem gelada:-"sim, e você?".
E o mundo parece cumprir sua orbita.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

á maltratar minhas narinas.

Talvez esteja descrente.
Envergonhada por estar descrente, mas a vergonha não anula o sentimento. Cansada de pular linhas, sem saber continuar a frase sem reticências.
lentamente sinto o ar me penetrando as narinas em um momento sucumbido em que meus pulmões se enchem do ar sujo daqui.
Então a poluição maltrata o meu interior, o que faz com que eu assuma, pelo menos dessa vez, que esse excesso me assusta. Ando concentrada de mais em olhar a sombra da janela na parede quando chega a madrugada. Tão concentrada, que só durmo depois que amanhece. Me parece algo meio esquizofrênico, então fecho meus olhos, tentando fugir da beira da loucura em que me equilibro. De olhos fechados percebo meu quarto, tento descobrir se decorei onde esta cada coisa, cada caderno fora do lugar, cada reflexo que a janela pintou na parece a sua frente, cada roupa...e quando abro novamente os olhos, voo num salto olímpico, em curvas desconectas de qualquer tipo de realidade. E por aí escorrem as madrugadas.

Zana Candido
14/09/12

quinta-feira, 19 de julho de 2012

não é

olha.
Não é o que eu quero.
as vezes só não sei porque eu procrastino tanto as coisas.
tenho o coração como a de um velho cavalheiro, ou uma princesa de historia ou conto.
Sorrio quando vejo flores na rua,
me emociono com a lua crescente,
aprecio muito abraços.
choro muito facilmente por qualquer motivo aparentemente bobo
Com a mesma velocidade que sorrio quando vejo vejo flores
eu penso em abraços que não acabam
O que eu quero é o contrario.
sabe aquela historia de "só tenho olhos pra você"
de dormir pensando numa só pessoa
de se dedicar e saber que a outra pessoa se dedica?
não sei bem do que do falando no final...
Eu nao ando nem conseguindo ser poética,
to tão confusa que nem percebo o ar em volta...
Eu não sei qual o meu problema,
...
eu
quero
ver
o
mar...



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Já fazem semanas que não pego no meu violão.Os dias escorrem do calendário e evaporam do relógio...Embora andem devagar,rastejando,
nem os vejo passar.Tenho uma sensação de insaciabilidade dentro do meu estomago e perto do peito...Parece que o bastante já não é o mesmo.Um amigo uma vez me disse, que cantar me fazia bem,me preenchia o vazio e tirava o peso,daí eu cantei...Cantei o mais alto e mais e mais e mais sincero do que podia. Não lamentei as notas que fugiram do meu alcance. Algumas dores escorregam do meu olho enquanto cantava, e eu cantava:“Não sou lá muito boa pra falar da minha dor,
os meus dias escorrem, rolam, rastejam...Minha ferida está guardada onde ninguém nunca jamais chegou, ninguém nunca vai chegar... meu silencio quase sempre é produto da minha insatisfação, minhas mandíbulas podem explicar o que eu quero ou não. Ás vezes quando abraçada eu só queria chorar, e isso não ta certo, devo ter certeza que não ta certo...ahhhhhhh...silencio.”
Zana Candido